Por que existem
tantas espécies no mundo? Qual é a origem desta diversidade?
Esta pergunta
incomoda os cientistas há muito tempo. Jean
Baptiste Lamarck em 1809, lançou a idéia que as
espécies se transformam umas nas outras, herdando dos seus
pais caracteres que foram modificados pelo uso e desuso de certas
partes do corpo.
A teoria de Lamarck persistiu praticamente sem opositores formais
até 1859, quando Darwin
&
Wallace lançaram uma teoria alternativa. Segundo esta
teoria, as espécies se originam à medida que os organismos
se reproduzem e repassam suas caracterísitcas a seus descendentes.
Indivíduos que possuem características mais adequadas
sobrevivem e, portanto, têm maior chance de produzir descendentes.
Indivíduos com características menos adequadas, não
sobrevivem ou, pelo menos, reproduzem-se menos. Com o passar das
gerações, as características dos ancestrais
vão se acumulando de forma que os descendentes vão
gradativamente se diferenciando de seus "parentes" . Quando
estas modificações são tão grandes que
não há mais possibilidade de intercruzamentos, assume-se
que uma nova espécie foi formada.
Graficamente:
Ver Figura:
O diagrama acima foi criado pelo próprio Darwin, e se encontra
no seu livro "A
origem das espécies". Nas próprias palavras
de Darwin:
Ver texto:
A teoria
de Darwin e Wallace tornou-se muito popular e é hoje largamente
aceita no mundo científico como sendo a explicação
mais plausível sobre como as espécies se originam.
Entretando, evidências recentes prometem alimentar o debate
Lamarck versus Darwin. Alguns cientistas argumentam que certas células
somáticas podem passar informações a células
germinativas, o que seria a essência da teoria de Lamarck.
Veja: pagina na internet
Veja um bom resumo sobre evolução em:
http://rainbow.ldeo.columbia.edu/courses/v1001/4.html
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Processos que originam as modificações nos descendentes
ANAGÊNESE:
surgimento de modificações à partir de processo
internos ao indivíduo.
*fixação de alelos
*recombinação
*mutação
CLADOGÊNESE: surgimento de modificações à
partir de processos externos ao indivíduo (isto é, ligados
ao ambiente).
*vicariância
*dispersão |
Reconstituição da história evolutiva
Um dos grandes
objetivos da sistemática é reconstruir a história
evolutiva, de forma a identificar o grau de "parentesco"
entre as espécies (ou de outros grupos, como gêneros,
famílias, ordens, etc). Isto é, determinar que grupos
teriam ancestrais comuns. Tais grupos podem também ser chamados
"clados". Quando se reconstrói a história
evolutiva dos clados, normalmente usam-se diagramas que resumem esta
história, de forma que o grau de paresteco entre os clados
possa ser facilmente visualizado. Estes diagramas, muito parecidos
com as tradicionais "árvores genealógicas",
são chamados "dendrogramas filogenéticos"
ou "cladogramas".
Para construir tais cladogramas, é necessário lançar
mão de toda informação à respeito de quando
os clados em questão se originaram (isto é, qual a "idade"
do clado) e quais são os seus ancestrais. Para isso, a filogenia
obtém informações à partir de:
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Filogenia dos insetos
Com base nas
técnicas acima, foi possível definir uma árvore
filogenética para a classe Insecta, além de se estabelecer
o parentesco dos insetos como um todo com outros Arthropoda. Em função
dos problemas associados com a imprecisão das técnicas
de reconstrução de história evolutiva, existem
controvérsias sobre a posição de alguns clados
na árvore filogenética dos insetos. A árvore
que apresentamos aqui é aquela sugerida pelos autores do livro-texto
usado na disciplina Entomologia Geral (BAN 160), na UFViçosa.
Ver figura: |
Origem
e Classificação dos insetos
Ancestral
dos insetos Myriapoda (foto01,
foto02).
Arthropoda
(Crustáceos Aranhas Escorpiões
Centopéias)
O
que diferencia insetos dos outros Arthropoda?
Qualquer Arthropoda com 3 pares de perna é INSETO?
Super
classe – HEXAPODA
Classes: Collembola,
Protura,
Diplura
(3 pares de pernas mas não são insetos)
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Para compreender
como ocorreu a evolução da classe Insecta, este foram
agrupados da seguinte forma:
Apterygota
(Archeognatha e Thysanura)
São os insetos
mais primitivos.
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Pterygota
São insetos
alados ou secundariamente ápteros. Entre os
insetos alados existem:
Paleoptera
- não dobram as asas sobre o corpo, porque a
articulação é feita por placas
axilares que estão fundidas. Ex: Odonata
e Ephemeroptera
Neoptera –dobram
as asas sobre o corpo, com articulação
por escleritos móveis na base da asa. Todas as
outras ordens de insetos alados fazem parte da divisão
Neoptera. Dentro desta divisão existem dois grupos:
Exopterygota - que apresentam metamorfose imcompleta ou hemimetabolia.
Ex: Hemiptera, Homoptera, Blattodea, Mantodea, Dermaptera,
Isoptera, etc...
Endopterygota - que apresentam metamorfose
completa ou holometabolia.
Ex: Lepidoptera, Diptera, Lepidoptera, Coleoptera, Hymenoptera, etc...
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Radiações
dos Insetos
Aproximadamente
metade de todas as espécies de insetos mastigam, produzem galhas
ou minas em tecidos vivos de plantas (fitofagia), e no entanto apenas
nove ordens atuais de insetos são primariamente fitófagas.
Este desequilíbrio sugere que quando uma barreira para fitofagia
(por exemplo: defesa da planta) quebra, uma assimetria no número
de espécies acontece, com a linhagem de fitófagos passando
a possuir muito mais espécies do que a linhagem de parente
mais próximo (o grupo-irmão), com modo de alimentação
diferente. Por exemplo, a diversificação de lepidoptera
que são fitófagos, pode ser comparada com seu grupo
irmão e relativamente pobre em espécies, tricoptera(não
fitófago). (Ver árvore
filogenética).
Os Pterygota são imensamente mais ricos em espécies,
quando comparado com o seu grupo-irmão imediato, os Thysanura,
ou com todos os apterygota primitivamente sem asas.
A apteria secundária ocorre em alguns Neoptera – Phthiraptera(piolho
parasita) e Siphonaptera(pulga). Estas duas ordens apresentam poucas
espécies, quando comparada com seu grupo-irmão alado,
os Diptera e os Psocoptera, que são diversos e ricos em espécies (Ver árvore filogenética).
O vôo permite aos insetos a mobilidade necessária para
explorar novos habitat(dispersão) e fugir de predadores não-alados.
Estas habilidades podem aumentar a sobrevivência da espécie,
reduzindo as ameaças de extinção.
Os endopterygota contêm numericamente as maiores ordens,
que são diptera, lepidoptera, hymenoptera e coleoptera, uma
possível explicação para este sucesso é
a ocorrência de metamorfose completa reduzindo a competição
intra-específica. Além disso, condições
prejudiciais para algunas fases como temperaturas extremas, baixos
níveis de água ou escassez de comida, podem ser tolerados,
por exemplo, por uma larva em diapausa, pupa que não se alimenta
ou um adulto migratório. |
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